Tuesday, April 1, 2014

Hoje acordei de saia...
Um poema para meu amor, Estuprador

Force-me a lhe querer por excesso de carinho.
Me ameaçe com rosas vermelhas
Pratique, contra a minha própria vontade, culinária com jantares surpresas
Grite canções de amor pela casa
Seja acusado por deixar um recado de fofo no espelho
Amedronte-me com um possível ataque de cosquinhas em baixo do lençol
Machuque minha mão, com um anel de noivado apertado
Violente meu coração com um sim no altar
Faça me chorar levando pela primeira vez nosso filho a escola
E me deixe em silêncio, apenas, quando o fim de nossas vidas chegar.

Monday, January 28, 2013

O amor mais do que composto

As substâncias do amor ultrapassam os limites de qualquer composição química.

Saturday, September 1, 2012

Um pouquinho do Nordeste


O mar quente
Brisa corrente
Água de coco
Sotaque gostoso

Lua cheia
Céu com estrelas
Água ardente
Beijo na areia

Saturday, May 10, 2008

Dia das mães (especial para a minha mãe)

"Uma pessoa feliz é feita de de pequenas porções de amor a tudo. À vida. À família. Aos amigos. Ao dia a dia. Às tristezas. À esperança podada. Aos adeuses que se acumulam inevitavelmente. Ao ganho. À perda. Poderão ainda existir milhares e milhares de Maria Antonieta a enriquecer o censo nacional, entretanto, Tônia, apenas uma..."

O laço de sangue, não é a única coisa a nos unir.
Às horas de carinho, nossa cumplicidade de vida, amizade e o que passamos juntos nos torna para sempre inseparáveis.

Unidos por um amor único.
Para sempre Mãe e filhos.

Te Amo. Te amamos.

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Fabio Seixas Santos
maio 2008

Eu sou quase herói

Nesses tempos, eu sou quase herói.
Solitário, “coitado”, mas quase herói.
Sou como novo negócio, mas que tem como base antigos conceitos e principalmente valores, dinâmico, rápido, me adapto e também sei amar.

Consumidor de novidades, cheio de idéias digitais para programar, coexisto no meu pensar e dentro dele abro espaço infinito para criar estratégias, soluções e revoluções ainda a executar... Em novos tempos.

E nesses tempos, minha mudança comportamental se torna cada vez mais visível. De pacifico a ativo, já não me desce a garganta certos atos humanos de mediocridade e falta de respeito (sem falar no corpo mole e desapego).

Nesses tempos apelo para os mais atentos que tomem posições, esclareçam, mudem o mundo.

Torne o difícil palpável e o impossível possível.

Tempos nítidos para caminhar de mãos dadas e não sucumbir ao impulso do vasto vazio que ai está.

Nesses tempos o que você está fazendo?
Vamos virar heróis.

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Fabio Seixas Santos
maio 2008

Saturday, October 20, 2007

Minhas proximas manhãs

batuques bons eram aqueles regados de cabernet
de boa compania, me encontrava por todos aqueles dias
tanta alegria florava de conversas e prosas
sempre amanhecia com dias cheirosos de rosas

sabe, sempre pensei que podia ser eterno
mas o tempo passou e eu por meros turbilhoes adolecentes me deixei levar
e fui com tudo pra longe do meu primeiro amor
de consolo pouco me restou

sofri sofri e sofri mais um tanto, quase um ano
tio meu falou: você é tão novo, ainda haverão muitos amores
dito e feito, logo encontrei meu caminho
aprendi a me amar, me conhecer.

de todas as dúvidas a maior tinha acabado
e novos amores realmente vieram
por sorte do acaso ou por vontade própria
amei muito, e sofri (lógico) mais um pouco

parte por minhas partidas
minha vontade de mudar, minha veia cosmopolita e nomade
era mais forte do que tudo
haveria maneira de encontrar a formula perfeita?

e pela lei da atração, ela apareceu!
meu mais novo amor
cruzamos o mundo juntos e voltamos
mais ou menos separados, acabamos

veio de baixo pra cima um mar de certezas
seguidos por dúvidas só para contradizer tudo
carreira, prioridades, coração tudo de vez
mais um ano passou!

e como são boas essas batidas regadas de sauvignon,
é tanta felicidade que prospera com meus sentimentos
que sempre ao dormir sinto meus pensamentos
ainda regados pela gostoso cheiro das rosas

sem deixar dúvidas sei que
mais maravilhosos ainda serão,
as batucadas,
as manhãs

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Fabio Seixas Santos
Outubro 2007

Saturday, October 13, 2007

Mistério - Da Série As minhas sete mortes

Minha segunda morte foi quase morrer de tédio. Na verdade, um mistério.
Mas que intriga. Dormi bem e acordei assim com aquele vazio por todo o corpo.
Deu vontade de ligar para amigos. Para todos!

E foi o que fiz.

Nenhuma das vozes do outro lado da linha me fazia mais feliz.
Fiquei impaciente querendo saber o porquê, não da infelicidade, mas o porquê da falta de felicidade.

Incompleto, liguei para mais alguns números, procurei por textos e outros becos.
Acabei por me lembrar que mais uma vez minha inquetude mensal veio atacar.
Só que desta vez me veio em mente um questionamento que tive dias atrás.

Será uma solidão eterna? Ou uma vontade de amar sempre?

Nesse ponto, aparece um desencontro e aumenta minha angústia, cada parte do meu corpo entra em descompasso, DNAs se opõem uns aos outros em ritmo desordenado esvaziam com exactidão tudo o que há de certo em mim.

Meu joelho treme, junto com meus pensamentos em fogo por não encontrar essa ou aquela, hum... Essa? Ou aquela ? Não sei o que!

Apoquentação maldita!
Isso que ocorre nessas poucas horas do mês,
quando o tempo passa e eu sem amar alguém.
Me sinto assim. Morto.

Morto pela segunda vez, desta vez nem sei porquê.
Morri por um mistério.

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Fabio Seixas Santos
Outubro 2007

Tuesday, September 25, 2007

Tempo - Da Série As minhas sete mortes

Depois de tanto tempo ela veio novamente atrás de mim
Primeiro, em forma de livro acompanhado de uma menina, sem família e que perdeu seus melhores amigos durante a guerra.
Logo depois junto com o frio em uma rebelião na Turquia.

E foi assim aos poucos que ela se aproximou
Como anda rápido essa morte...

Veio de lá dos fundos da Europa para o Brasil em poucos segundos
Vai ver ela estava aqui há mais horas do que eu poderia imaginar.
Porque foi em uma conversa virtual que descobri que já havia morrido meses atrás,
logo depois da minha quarta morte.

E isso me fez doer o coração. Ôh Tempo.
Como pude ser atropelado por você dessa maneira?
Sem ao menos perceber?

Assim entre trânsito, arranha-céus, trabalho, ligações
sempre muito ocupado para meus conflitos, meus amores
sequer, haviam segundos para as minhas preocupações

Acho que agora faz sentido!

Na verdade uma metrópole muda nossa percepção de conflito.
pelo menos eu acho isso. A cidade é muito rápida, e tudo passa a ter menos importância, você me entende ? Mas é ai que vc começa a descobrir quem vc é!

Quando reavalia teu passado.
O que você mudou?
O que você usou para crescer?

E quando tu percebes isso, é uma sensação única de liberdade.
(Sim agora realmente faz sentido, ele veio em minha ajuda)
Já senti isso a décadas atrás.

E foi pela falta de tempo que morri pela terceira vez
morri para redescobrir em uma nova vida
o ecstasy da minha mais nova liberdade.

A liberdade de ter todo o tempo, o tempo todo.

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Fabio Seixas Santos
Setembro 2007

Monday, May 28, 2007

MEDO - DA Série "As minhas sete mortes"

Estava prevendo mais uma morte,
passei o dia inteiro pensando nisso,
acordei com medo . . . medo de morrer.

O que aconteceria ?
Minha familia ?
Aquela paixão que tinha pela vida ?

O dia inteiro me fiz o favor de poder viver.
sai pela rua caminhando. respirando ar puro.
As vezes achava que não estava lá, entrava em transe com pensamentos além das idéias cabiveis anunciadas em minha existencia.

meus valores haviam sumido.

Foi ai que arrastei minha mão contra a parede. e me veio a dor, sangue . . .
Repentinamente vivo denovo, humano ao extremo. percebi que minhas fragilidades também estavam sendo abaladas pelo meu pensamento, inútil claro.
pois meu destino aquele dia eu já sabia . . .

muito medo te tudo e de todos,
as luzes piscavam sempre no vermelho
e os carros em altavelocidade não deixavam eu se quer atravesar a rua
mas penetrava entre eles sem medo ser atropelado.

pois meu destino eu já sabia.

um velho parou ao meu lado e falou algo que não prestei a atenção
me veio a cabeça como seria bom chegar aquela idade.
mas já basta . . não merecia.
não merecia nem meus remédios de cabeceira.

tinha medo de tudo
do amanhã, do hoje e até do que já passou.
de perder, ganhar.
sempre me sabotei . . . minhas vitórias não passaram de ilusões em minha cabeça.

O que sempre realizei em meus sonhos, nunca fui predestinado a ter em vida.

Por isso precisava seguir adiante, para outra.
deixar esses anos de lado . . . tremendo . . . como o covarde que fui.

Pela primeira vez o sinal verde abriu em todo aquele dia.
sabia que era a hora.
me joguei no meio da rua
um caminhão me pegou em cheio.

foi assim que morri pela quarta vez.
morri de medo.


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Fabio Seixas
maio 2007

Saturday, May 12, 2007

Saudades - Da série "As minhas sete mortes"

Começei morrendo lentamente, anos atrás.

Na verdade minha passagem começou com sintomas opostos.
Vitalidade, sorrisos, troca de olhares, abraços e beijos.
foi uma falsa ilusão de eternidade
que durou apenas poucos messes.

milhares de quilometros nós separaram

Depois disso tivemos mais um encontro, o nosso último
Subimos montanhas, banho de mar, nos deliciamos de minutos inesquecíveis
Com um por do sol que só se mostra para os apaixonados
Tudo isso foi apenas uma recaida, daquelas boas.

Após nosso encontro o destino resolveu impor uma proibição
cercada por dúvidas, falta de amadurecimento,
e pouca coragem para decidir.

Desde então "vivo" de saudades. morrendo aos poucos.
Dias acordo sem vontades e nem forças,
lágrimas caem uma por cima da outra.
Pontadas no coração me atacam no meio da rua quando
lembro dela, essa saudade desperta terremotos dentro de mim.

Ontem me exclui do mundo,
já prevendo meu fim,
de rosto inchado e coração apertado
decidi me enterrar dentro do quarto.

Muito fraco escrevi minhas últimas linhas,
nosso amor contrastado com a distância dos nossos corações,
deixando claro a minha experiência própria a respeito dos nossos momentos
fiz meu pedido para que eu ainda tivesse uma chance de te ver.

foi assim que morri pela quinta vez
Com saudades morri de tanto te querer.

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Fabio Seixas - maio 2007